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Maia enquadra Temer: “não se meta na pauta da Câmara”

bochecha

Rodrigo Maia mandou sinais – quase um coice, aliás – a Michel Temer de que não está disposto a ser atropelado como foi na decretação da intervenção federal no Rio de Janeiro.

Diate da pauta “fake” de “15 propostas econômicas” mandada distribuir ontem pelo Palácio do Planalto como “compensação” pelo fim da reforma previdenciária, soltou o verbo no G1:

“Nem conheço as 15 [propostas]. Nem li, nem vou ler”. 

Disse que a “pauta” foi “um abuso” e um “desrespeito ao parlamento, já que os projetos já estão aqui e nós vamos pautar aquilo que nós entendermos como relevante, no nosso tempo”.

Nem mesmo os remendos na Previdência que o governo espalhou na mídia – avisem à Miriam Leitão – vão ser votados, segundo Maia.

O governo não tem voto para votar a reforma da Previdência, não dá para ficar criando espuma com a sociedade num tema tão grave como esse. Ou o governo vai apresentar os votos ou eu não vou ficar discutindo, mesmo que por projeto de lei, algo que eu não sei se o governo tem maioria para votar.

Por quê isso? Tem eleição e Maia não vai dar de barato o tempo de televisão do DEM.

A pauta “me engana que eu gosto” do pós-previdência

pauta

Quem apresenta uma pauta de “15 propostas prioritárias”  está colocando  muito glacê em cima de um pequeno bolinho.

O governo que não consegue aprovar , depois de tantas maracutaias, de tanta propaganda e de tanto acenar com o “fim do mundo” em caso de rejeição, a reforma da Previdência dificilmente terá condição de aprovar um sequer das 15 propostas que apresentou hoje, numa singela lista feita no computador.

A proposta de “autonomia” do Banco Central tão Emenda Constitucional quando a da Previdência – a exigir, portanto, 308 impossíveis votos, chega a ser de provocar risadas. Afinal, um semana após a posse de Temer, com o impeachment, seu envio foi anunciado pelo  então líder do PMDB, senador Valdir Raupp,

Necas de pitibiriba.

Se uma ou duas “passarem”, lambam os beiços. Nem a privatização da Eletrobras, aposta do governo para encher as burras da Fazenda é garantida: há resistências na base governista nos estados em que a empresa, corretamente, arca com o custo da demanda de baixa rentabilidade. Ou energia elétrica não é mais essencial.

Reforma tributária, corte de gastos? Esqueça, estamos a pouco mais de sete meses das eleições.

Nem penso que seja Michel Temer o autor deste despautério de “pauta”.

É um remendo de Meirelles, atropelado publicamente pelo Governo.

A imagem da “pauta postiva” aí de cima só tem um problema.

É deveria ter sido impressa, para ser gentil, em papel de pão.

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