Na noite do dia 17 de outubro de 2017, por volta das 20h30h, a delegada Maria Luíza Ribeiro, responsável à época pelo plantão regional da sede da 8ª Coorpin de Teixeira de Freitas, tomou conhecimento dos fatos através da Polícia Militar, ao lhe ser apresentada a pessoa de Eliene Rodrigues dos Santos, de 44 anos de idade, acusada de ter praticado o crime de tentativa de homicídio contra sua própria sobrinha, Tatiele Matias Correia, 22, fato ocorrido na residência da vítima cinco dias antes.
O crime fora perpetrado por volta das 22h30, na Rua Guarani, nº 119, no centro de Teixeira de Freitas, tendo como motivação o ciúmes doentio da autora, pelo fato da vítima estar mantendo um relacionamento amoroso com o ex-companheiro da mesma, Edvaldo dos Santos, que acabou sendo a testemunha presencial do ataque. As desavenças em virtude das crises de ciúme, segundo a polícia, já vinham ocorrendo há sete anos, período do relacionamento da jovem com o ex-companheiro da tia.
Na época a autora foi ouvida e liberada no plantão, sendo o caso encaminhado à equipe do Núcleo de Homicídio e Tráfico (NHT), serviço especializado da 8ª Coorpin, que assumiu as investigações, e descobriu que após agressões físicas e verbais travadas entre as envolvidas, a vítima foi golpeada pela autora com uma garrafa quebrada, atingida por vários golpes na região abdominal, sendo socorrida pela ambulância do SAMU junto ao Hospital Municipal de Teixeira de Freitas (HMTF), onde permaneceu internada por três dias, passando por procedimentos cirúrgicos, não vindo a óbito por circunstancias alheias à vontade da autora, esta que, após a prática da tentativa, fugiu do local tomando rumo ignorado, dizendo que procuraria a vítima para consumar sua morte.
Com o desenvolvimento das investigações, soube-se que o problema existente entre a autora e a vítima já vinha ocorrendo com certa habitualidade e se agravando com o tempo, havendo o registro de 19 de outubro de 2016, de uma ocorrência policial, registrada na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Teixeira de Freitas (DEAM), quando ambas se agrediram verbalmente por terem dificuldades de conviverem no mesmo ambiente, certamente por causa do ciúme doentio que a autora, uma mulher experiente, já vinha nutrindo contra a sobrinha, então uma adolescente, que já vinha mantendo um relacionamento amoroso com Edvaldo dos Santos, pivô da discórdia entre as duas.
